segunda-feira, 22 de julho de 2013

Sobre a sexualidade na infância, onde tudo começa...

            Como sempre foi minha intenção que esse se tornasse um espaço com diversas informações acerca da sexualidade e tudo o que discerne o "Ser" (que de tão complexo tem, segundo o Dicionário Aurélio, 27 diferentes significados) humano, trarei sempre trechos, citações, vídeos e tudo o mais o que por mim for pesquisado, assimilado e me agregar algo. Espero poder passar boas ideias principalmente por enxergar na prática a necessidade imensa que preciso me conhecer mais e melhor para encontrar as origens de tudo o que é reflexo de mim no mundo. Diria até que o que mais nos distancia dos animais seria poder buscar a consciência de si e do mundo e muitas pessoas vivem a ignorar essa consciência, ou seja, acabamos por ver mais humanidade por parte de um cachorro do que por esse indivíduo.
           Para iniciar essas postagens mais técnicas e aprofundadas, escolhi um trecho do livro "O Instinto Sexual", do Dr. Flávio Gikovate, onde ele aborda vários aspectos da sexualidade em diferentes fase da vida,  além de observações preliminares acerca da homossexualidade e de alguns desvios mais comuns e tenta aproximar a teoria da dualidade dos instintos com a questão moral.
          Nesse capitulo especificamente (II - A sexualidade infantil, páginas 25 a 37) é possível visualizar a sexualidade na infância como um processo que ocorre naturalmente e que, caso esse processo seja afetado por traumas, desvios ou desconhecimento dos adultos que cercam a criança possivelmente trará reflexos negativos a esta.
         Atentar para a necessidade de autoconhecimento afim de que seja possível identificar esses possíveis traumas e buscar ajuda terapêutica (defendo diversas possibilidades) para combater os resultados desses traumas seria o mais é sempre o mais indicado  quando o assunto é bem estar.
 
"Em síntese, espero ter sido claro no sentido de mostrar, mais uma vez, que considero o fenômeno sexual como independente do amoroso, e ligado à estimulação persistente e contínua de certas zonas do corpo em ambos os sexos. A estimulação das zonas erógenas pode ser feita pelo próprio indivíduo, intermediado ou não por objetos, bem como pode ser feita por outra pessoa, do mesmo sexo ou do sexo oposto; mesmo quando a estimulação é feita por terceiros, conta pouco quem seja esta criatura, pois que o prazer é essencialmente similar a um prazer táctil. Existe uma estimulação sexual peculiar ligada à criança ao se exibir para outra; ou seja, a criança se excita mais ao se exibir do que observar o corpo nu do outro e aqui também o caráter auto erótico é essencial e predominante. Não acredito, ao menos até esta fase da vida que descrevi, na existência de um objeto de desejo da criança; ela se excita ao se exibir ou através da estimulação das zonas erógenas, que isto seja feito por ela mesma quer por outra criança.
 
A persistência do auto erotismo dispensa, com vantagens teóricas e práticas substanciais, o conceito freudiano de bissexualidade constitucional; este significava admitir que o homem nascia atraído tanto por criaturas do sexo oposto como do mesmo sexo, o que sempre foi muito difícil de ser aceito em nível teórico (apesar de que a prática era de tipo bissexual). Do ponto de vista da ideia que estou defendendo o homem não nasce atraído por objeto sexual algum; ele tem o despertar da sexualidade como fenômeno pessoal e não interpessoal; nestas condições fica mais simples aceitar a possibilidade da indiscriminação quanto ao sexo daquele para quem a criança vai se exibir ou com quem vai estabelecer intercâmbios manipulatórios. É óbvio que o auto erotismo, não sendo fenômeno interpessoal, não é nem homo nem heterossexual, podendo existir trocas de estímulos com qualquer tipo de pessoa, porém isto não significando uma verdadeira relação objetal. A ideia da bissexualidade aparece nos trabalhos psicanalíticos porque Freud achava que ao auto erotismo era efêmero e logo a sexualidade  se tornava objetal; tal observação se justifica devido à não separação do amor como instinto autônomo.
 
Os fenômenos objetais existem e fazem parte do desenvolvimento do instinto do amor; do meu ponto de vista, o instinto sexual persiste como auto erótico, ao menos ao longo dos primeiros anos de vida; como tal, é indiscriminado, múltiplo e autônomo sendo por isso mesmo mais amplo do que se definiria como bissexual".
 
 
         Para encerrar reforçando a importância do autoconhecimento para tudo o que diz respeito a qualidade de vida, cito a Dra. Laura Gutman, psicoterapeuta familiar, (outra fonte muito admirada e lida por mim), em seu livro "A Maternidade e o encontro com a própria sombra" (página 35), já citado anteriormente numa outra postagem.
"Ter clareza a respeito do próprio desejo, confiar na intuição e impulsionar o voo em direção ao interior da alma feminina são atitudes que facilitam a travessia".
 
 
Gratidão,
 
Arlene Lima
Libertinas - Consultoria Íntima
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